sábado, 29 de agosto de 2009

É provável que não

De duas uma: ou eu ia falhar ou não ia. Tudo bem que as chances de não falhar eram de menos de 0,2 % , mas eram chances, oras. Eu não calculei isso na hora, tá aí mais uma prova de que meu cérebro derreteu.
O pior não foi ter acertado 0,15% da prova , ter perdido a minha preciosa tarde depois da aula ou arrancar mais um pedacinho da minha autoestima. O pior foi ver o quanto eu odeio tudo isso que, de verdade, não é nada.
Odeio essa reputação. Odeio correr e não sair do lugar. Odeio ver que , por mais que eu faça de tudo pra ser " a melhor" , tudo continua a mesma caca de sempre. E é só eu atrair um olhar meio torto, uma palavrinha diferente pra me achar um lixo denovo.
Pouca gente, 20 questões, coisas simples, calmaria. Eu podia . Podia mas não pude. Desperdício total.
Tem gente que sai do zero e vai pro 50, mas quase ninguém dá crédito porque 50 é a média. Ninguém analisa o histórico e dá tapinhas nas costas.
Mas tem gente que começa no 60 e , naturalmente, vai pro 80 ou pro 90 . Grande bosta, mas todo mundo venera. "Oh, veja só, 90!" e daqui a pouco é uma turba extasiada gritando "GÊNIO GÊNIO GÊNIO!". O que ninguém vê é que de 60 pra 90 são só 30 , e se tivesse começado do zero seria um retardado. Eles gritam o nome de um, depois o de outro e assim vão consumindo tudo como aqueles gafanhotos das sete pragas do Egito.
Odeio lidar com a ignorância dos outros, e é ignorância da minha parte pensar assim. Mas eu sou produto da sociedade , assim com eles, e a sociedade, por sua vez, é nosso produto. Um câncer.

Queria muito ter um escudo, uma burka e um livro do destino. Enquanto não arranjo tudo,a solução é dormir e ver se amanhã o Sol brilha mais forte.

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