É a infelicidade que move o que somos hoje.
Sem problemas não existem soluções, e quando o mundo está cinza a mente faz de tudo pra desenhar no mínimo uma linha colorida no céu nublado. A gente precisa dessa cor pra viver, não importa como seja ela, e é por isso que eu escrevo tanto quando não estou sentindo nada. Quando triste, já tenho minha cor: ela pálida, pontiaguda, úmida e fria. Não preciso de mais nada pra viver quando estou triste.
Também é a mesma coisa quando me sinto feliz; é claro que a felicidade tem cores de sobra pra me colorir . O sentimento acomoda. É a falta dele que me faz querer criar alguma coisa pra sentir, seja nesse blog, no papel, na parede ou nos móveis da casa.
Eu trocaria a fácil criação literária e palavras na mão pela satisfação, vida social e relacionamento amoroso (ui) saudável que tenho hoje, se isso fosse preciso.Gosto muito de quem sou e do que faço, mas prefiro me sentir de bem com a vida e me realizar do que ficar sem perspectiva, reclamando e escrevendo num blog.
Enfim, meu ponto é: não tô nem aí pra cobrança dos leitores. Que queimem no inferno, beijos.Estou bem, mudei muito, estou mudando, vou mudar. Cresci, e isso é, em partes, bem chato. Mas eu vou continuar filosofando sobre coisas estúpidas e desenhando surrealismos e dedos decepados. Um beijo.
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