segunda-feira, 31 de maio de 2010

O verbo desacreditar

Acho que uma das coisas mais tristes é perceber como a vida funciona.
De fato, não sabê-lo é, por vezes, frustrante de mais, mas saber também não é o oposto diametral disso.
Fomos feitos para criar e reconhecer padrões. Analisamos, calculamos e tabelamos, mentalmente, toda e qualquer coisa observada no dia-a-dia e , por fim, chegamos a conclusões, regras e fórmulas. Você pode dizer que oh, assim perde-se a graça da vida, que o importante é viver o momento. Não há como evitar, infelizmente. São essas induções nossas de todo dia que nos permitem fechar os olhos para um sono tranquilo à noite. São certezas que, até quando visivelmente incertas, servem de conforto e de segurança para o passo adiante.
O problema está quando você descobre padrões de mais. A vida fica manjada. Sim, sim tem-se ainda muito o que descobrir sobre ela. Mas é uma coisa horrível essa de sentir que não há mais esperança, não é? De saber, muito antes de começar, que aquilo não vai dar certo. De saber que não vão te ouvir se você tentar dizer, e de saber direitinho como vão reagir. De chegar na sexta-feira e ter um imagem nítida e colorida do seu sábado e domingo.

Podem discordar de mim e alegar que essa é uma visão pessimista. Pode até ser que seja, mas quem se importa? Eu sei, muito bem, que esse é só mais um texto que você está lendo na internet, e do qual vai se esquecer rapidinho. Então pra que gastar minhas energias com isso?

Nenhum comentário:

Postar um comentário